Isso mesmo. Aquele ditado que diz “tempo é dinheiro” pode ser perfeitamente adaptado para o jornalismo. Tempo é matéria sim! Ligações, e-mails, encontros, conversas, trocas de mensagens e marcações de horários. Ah! Produção jornalística não é nada fácil.

Para ser produtora você tem que pensar em tudo. Pense nos entrevistados (o ideal é ir além da pauta), pense no lugar. Pense no tipo de áudio, por que se não estiver bom, a culpa é do produtor. Pense no tipo de luz, por que o cinegrafista vai te perguntar: em lugar aberto ou fechado? Muita ou pouca luz?

Depois dos procedimentos pré-produção, vem o durante. O que eu, reles produtora, mais escuto? O nosso cinegrafista dizendo “cadê a produtora?”; “faça assim produtora”; “arruma aqui produtora”; “isso é trabalho da produtora!”. Maquiagem, conversa com os palestrantes, encontrar um participante que queira falar. Acho que isso é o mais esquisito. Não sabemos o que dizer direito. E as pessoas não sabem também o que responder. Acho que o telejornalismo é novidade tanto para nós como para os entrevistados.

O pós-produção é mais tranquilo, apesar do friozinho na barriga de ansiedade, de medo de saber se deu certo ou não. Ver a matéria pronta é um alívio. Mesmo. Terminar esta disciplina também é um alívio. MESMO! Mas acho que vou sentir falta da célebre frase: CADÊ A PRODUTORA?

 

Por Talita Martins