Finalmente o momento esperado: A bancada. Sensação incrível e estranha. Roupa formal, ambiente formal, clima formal e uma personalidade curiosamente debochada tentando se controlar dentro das amarradas da credibilidade. Um personagem jamais visto ou reconhecido. O Bonon, que agora sério, tentava não oscilar a voz nem as expressões faciais, num intento de deixar colegas e professoras satisfeitos por cumprir a tarefa e deixar as piadas de lado. Há quem diga, ou quem disse “não combina”, ou então “que estranho”. E há muitos que concordem. A atmosfera tensa congelou os sentimentos do menino jornalista que agora lia notas: puramente secas. E saíam torrencialmente o resto das notícias que em seus lábios não tinham mais sabor. Jornal encerrado. Missão cumprida. Sou apresentador.


                                                                                       Lucas Bonon