Ser a primeira turma de Jornalismo da UFU sempre trará a frase “a primeira ninguém esquece”. Sempre seremos, como gostamos de chamar, as “cobaias” do curso. Então, o que parecia uma simples gravação de um boletim de, no máximo 40 segundos, tornou-se um aprendizado sobre telejornalismo, com muitos erros de gravação, repetições e, no fim, com o trabalho cumprido. Falarei aqui em ‘nós’, porque a primeira lição aprendida por mim foi que telejornalismo não se faz sozinho...

Alguns acidentes de percurso nos acompanharam. Entre eles, ter a sorte de gravar no Campus Educação Física e não ter nenhuma equipe treinando. Simplesmente nenhuma equipe treinando um futebolzinho sequer para que pudéssemos gravar as imagens da passagem da nossa repórter. Tínhamos então um problema: gravar perto do logo da UFU, que fica na área externa do campus? Ou seguir o conselho da professora Mônica e gravar com os cartazes das “Equipes UFU de Treinamento”, como plano de fundo? Decisão: gravar as duas opções, para que a consciência não falasse: “vocês deviam ter gravado...” Porque sabia que ela ia me atormentar depois

Depois dessa primeira decisão tomada, era chegada a hora do trabalho de verdade: a gravação. Sim, se vem a sua mente que nós não gravamos nosso boletim na primeira tentativa, seu pensamento está certo. Afinal, “a primeira vez a gente nunca esquece”, porque nós não sabíamos se estávamos fazendo certo.  Além de ter que falar olhando para a câmera, pensar no cabelo, na luz, no posicionamento do microfone... Detalhes e mais detalhes: é disso que o telejornalismo é feito. E procuramos nas milhares de tentativas acertar todos os detalhes.

Outro ponto novo para nosso trabalho era ter que decorar as informações e falar para a tão temida câmera de vídeo. Montar o famoso lead, estruturar a pirâmide invertida, já estávamos acostumados. Mas, além disso, ter que usar o lado ator e atriz para decorar as informações, não é uma tarefa das mais fáceis. Por isso, nessa primeira vez lidar com o texto em um novo formato exigiu paciência da nossa repórter, em decorar, “na marra”, as informações e do resto da equipe em ajudá-la, para que o nervosismo não dominasse a gravação.

Os erros foram inevitáveis. As repetições das tomadas necessárias, entretanto como se diz, não há aprendizado sem o erro. Uma experiência pequena proporcionou o primeiro contato importante com essa nova mídia. No fim tudo deu certo. O produto final no vídeo correspondeu ao que vemos na TV. Como o ditado popular diz “tudo está bem, quando acaba bem”. Pelo menos para o primeiro boletim.