Natália Faria

Pense numa pessoa desastrada. Eleve ao cubo. É... Veja bem... Na primeira vez que eu fiz um bolo de cenoura exagerei no fermento, a farinha empelotou, derrubei uns dois ovos no chão e desenformei um bolo deformado, sem falar na bagunça absurda na cozinha. Apesar de tudo isso, o cheiro ficou bom, a massa ficou fofinha e a gente raspou a panela da cobertura de chocolate com gosto.

A sensação de produzir um telejornal pela primeira vez é a mesma. A gente tem a receita ali. O difícil é lidar com os imprevistos...  É aos mestres-cucas que a gente recorre quando o cardápio precisa ser mudado – tem muita pauta que cai, quando falta algum ingrediente – aí tem que correr atrás de fontes e informações , ou quando o gás do fogão acaba – problemas técnicos acontecem.

Além da assistência dos professores, um fator fundamental para o sucesso de um telejornal é, sem dúvidas, o trabalho em equipe. Em jornalismo, nada se faz sozinho. Colaboração é a palavra-chave. Sem ela, o produtor não concilia horários de entrevistados com técnicos, o repórter não tem o que noticiar, o editor de texto não tem o que editar e o editor de imagens não tem o que decupar. Metaforizando: o cozinheiro encontra a geladeira vazia, não tem quem conserte o fogão e baldes de farinha são adicionados à receita no lugar de xícaras.

Equipe comprometida...luz, câmeras, Ação! Voilá! Telejornal pronto pra ser servido. Está aí o resultado do nosso trabalho, que foi feito assim, como quem se aventura na cozinha pela primeira vez... É claro que poderia ter saído melhor aqui e ali, mas, no fim de tudo, deu pra apreciar, ficar orgulhoso por todos e raspar a panela com gostinho de quero mais!