Por Tatiana Oliveira Lima
 

Nada como acordar em uma sexta-feira e ir fazer um telejornal. Se não entendeu que isso é cinismo, é simplesmente porque o texto de TV tirou toda a minha capacidade de criação e  ironia. Achava que a melhor das sensações era a adrenalina, mas ela te trava, te mantém muda, passa a ser emocionante no pior dos sentidos.

Com o telejornalismo, aprendi a respeitar a Lei de Murphy (ela existe e é amarga como o jiló com agrião). A primeira lição é que: quando tem algo para dar errado, vai dar errado, e se puder dar errado de novo, não se preocupe – dará! Sua pauta vai cair, sua fonte vai desmarcar, sua equipe vai desaparecer e, consequentemente, você vai surtar!

Seu principal meio de locomoção será seus pés. Prepare-se para ter vários sapatos, colecionar roupas que você não vai usar em nenhum outro lugar e, é claro, compre diversos band-aids (a seu gosto), por que calos farão parte de seu cotidiano. Tolerância excessiva à dor e paciência exacerbada são altamente recomendadas.

Você pode achar que é exagero, mas, com a minha equipe, tivemos a experiência completa do telejornalismo, inclusive com a multiplicidade de funções. Não se preocupe, a sensação de alívio no final é extremamente prazerosa, é só ter estômago para comer todo o prato de jiló e saborear a sobremesa.