Minha primeira experiência como repórter ia foi numa sexta-feira, pela manhã. Procurei dormir mais cedo no dia anterior para não acordar com olheiras e ter mais trabalho para me maquiar. Quando acordei na manhã de sexta, pensei: “Vou tomar um café da manhã reforçado!”. Não sabia quanto tempo ia demorar a gravar a matéria e talvez pudesse sentir fome. Como dizem: Saco vazio não para em pé. Por isso, tomei um copo de leite, comi um pão, algumas bolachas e um pedaço de maça.

        Cheguei à UFU, encontrei a equipe que estaria presente para a gravação e fomos para o local onde o evento que iria cobrir aconteceria. Fizemos os primeiros contatos, gravamos as primeiras sonoras e entramos para esperar as palestras começar e fazer algumas imagens. Ficamos num canto, quietinhos, enquanto havia uma apresentação musical. A coordenadora do evento, então, nos sugeriu educadamente: “Enquanto vocês esperam, aproveitem nosso coffee-break.” Foi aí que reparamos, no fundo do anfiteatro, mesas cheias de salgados, refrigerantes e sucos. Me arrependi de ser uma pessoa prevenida e ter comido tanto no café da manhã. Consegui empurrar alguns salgadinhos e um copo de refrigerante para dentro.

        Depois, uma conferida no espelho para ver se os dentes não estão sujos, um pouco mais de batom e fui terminar de gravar a matéria. Fui gulosa, eu sei, mas é que isso dificilmente acontece no dia-a-dia corrido de um jornalista. Já ouvi dizer que quando ele consegue um tempo para almoçar, é um milegre! Então, tenho que aproveitar e comer tudo o que eu puder enquanto ainda sou uma estudante!